Nunca nada foi tão sublime
os olhos da carne distante
voltados ao cerne no instante
em que vê sua parte alheia
em outra carne a qual permeia
não há tato troca nem gosto
da carne não há combustão
do prazer da presença nada
quase senão instantes apenas
inflados de vida e o torpor do
amor mais intenso que existe
e a certeza selada por olhos do
toque invisível entre almas
habitantes do escuro da vida
onde de nada se necessita
habitantes de terra sem chão
onde não há moeda de troca
terra firme fecunda longínqua
reino prá lá da outra dimensão
AB
“mar”, acrylic and marble dust on canvas. 2006.
Nossa, seus poemas me fazem ver figuras, lugares e relações totalmente novas… é meio complexo, não é fácil de início… acho que porque mostra uma novidade. Não sei dizer mas eu gosto muito. O que faria isso senão a poesia?!
Obrigada por compartilhar suas impressões, Mary! Muito interessante 😉
Como sempre, perfeita na arte da escrita e das obras. Como bem disse acima suas artes unidas ou não, dão suporte a nossa imaginação, viajem pelo infinito, deleite da imensidão. 🙂
Obrigada, KAMBAMI! 😉
“habitantes de terra sem chão / onde não há moeda de troca”… LINDO! parabéns, estava pensando na sutileza disso esses dias e foi muito bacana encontrar alguém pensando nisso também =)
Que legal, Kéren! Obrigada pelo comentário 😉
Muito lindo
Obrigada! ❤ ❤ ❤
Lindo e reflexivo…