“sucumbência”, acrylic & ink on paper over wood. 2014.
A tez pálida e fria já não pode suportar
que as horas voem sem que rumo possa dar
ao ser que em seu limite mais estreme sente
a mente esvaindo-se semente em planta broto
de seu ventre infértil de amor carente
como muda cresce insistente meio ao lodo
encharcado de ternura e amor onipresente
e o choro permanente segue em torrente
quanto mais te mostras mais me embriagas
a falta cresce e de muda animal silvestre
condenado a correr à exasperação rupestre
arisco e indomável arrebatando a vastidão
da mente devastada sucumbida ao coração.
AB
Incrível! “limite estreme”, limite castiço, limite de solidão. Não conhecia essa palavra. Lindo! Adorei as imagens do esvair-se no amor que transborda o indivíduo e assume uma forma independente e animalizada irracional e irascível. Simplesmente sem palavras… Sem falar a pintura… Parabéns!
Obrigada por compartilhar sua leitura e suas impressões, Mary! Abraço! 😉
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