A tez pálida e fria já não pode suportar
que as horas voem sem que rumo possa dar
ao ser que em seu limite mais estreme sente
a mente esvaindo-se semente em planta broto
de seu ventre infértil de amor carente
como muda cresce insistente meio ao lodo
encharcado de ternura e amor onipresente
e o choro permanente segue em torrente
quanto mais te mostras mais me embriagas
a falta cresce e de muda animal silvestre
condenado a correr à exasperação rupestre
arisco e indomável arrebatando a vastidão
da mente devastada sucumbida ao coração.
AB
Alessandra, quanta lindeza!!! Imagens e palavras, vc transita de forma cativante por ambas.
Obrigada, querida, fico muito feliz que goste!
Admirável como voce consegue manter o estilo e como explora as rimas aparentemente sem esforço!. Sou fã.
Fico muito agradecida pelo comentário, Renaldi!
Quando vi o título do poema pensei imediatamente na sucumbência do processo civil e em todos aqueles advogados brigando por dinheiro, rsrsrsrs. Quanto ao conteúdo do poema, não vou comentá-lo, pois não entendi…. Às vezes me acho muito insensível, superficial, ogro. Desculpe-me =(
Me dou melhor com o pop e com a prosa. Minha leitura é muito objetiva e retilínea – resultado de anos lendo processos e petições prolixas =p
Talvez eu esteja cansado, não sei, ou mesmo emburrecendo. Ler códigos mata neurônios.
Bom, passei aqui para te avisar que o escritório de Direitos Autorais do Ministério da Cultura me enviou a certidão de registro da minha obra e como vc tem aquele post sobre direitos autorais, achei que vc gostaria de saber que as instituições públicas que trabalham com direitos autorais funcionam =)
Pretendia escrever naquele post, para não avacalhar seu blog, mas como o título deste poema me chamou a atenção e me fez tecer o comentário acima, escrevi aqui mesmo.
Inté!
Adonis, agradeço a lembrança, obrigada! 😉 “Sucumbência” no título é quase no sentido jurídico mesmo. Abraço.
Se é quase no sentido jurídico, sinto-me obrigado a entender, rsrs. Como vou passar o carnaval estudando e sozinho aqui em São Paulo, prometo reservar um tempinho para me debruçar sobre seu poema. Depois eu digo o que entendi. Abraços!
Eu creio que você pensou em uma mãe grávida que sabe que irá perder (aqui entra a sucumbência) o filho para a vida, mais cedo ou mais tarde.
O “ser” é a mãe, “semente em planta broto” é o nascituro, “ventre infértil de amor carente” e “lodo encharcado de ternura e amor onipresente” é o útero, “falta” é ausência, “condenado a correr à exasperação rupestre arisco e indomável arrebatando a vastidão”, sou eu tomando minhas próprias decisões (mais quebrando a cara do que acertando, rs), “mente devastada sucumbida ao coração” é a mãe resignada frente ao ciclo da vida.
Bom, é isso que entendi.
Abraços!
Adonis, obrigada por sua leitura e também por partilhá-la: é fantástico ouvir o escrito ganhar um novo movimento, vê-lo impregnado de uma vida nova, particular e única. Abraços!
Obrigado e feliz Dia das Mulheres!
Belíssimo!
Obrigada!
Oii amore, tudo bem com você?
Quero avisar a você que o endereço do blog maniados3.wordpress.com mudou para http://identidademoda.wordpress.com/ e você é super bem vinda nesse novo espaço!
Vai ser um prazer enorme ter você por lá!
Um beijo da Ju e fique com Deus!
Juli Filakoski.